COLLAB: Grandes Personagens Femininas dos Quadrinhos

E aí, manolinhos?!? Há alguns meses eu fiz um chamado para uma tropa fazer fanarts de algumas das mais importantes personagens femininas dos quadrinhos. O chamado foi atendido e eis o maravilhoso resultado!

Segue as artes incríveis desta gente bronzeada que está mostrando seu valor! Lista em ordem alfabética pelo nome das personagens e com um pequeno resumo (pequeno mesmo, tá gente?) sobre cada uma.

Veja se a sua favorita (ou o seu desenhista favorito) está entre elas!

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ALINE por Israel de Oliveira (http://www.israel666.deviantart.com)

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Brace Yourselfs! Começamos nossa lista com uma das personagens mais do balacobaco dos quadrinhos brasileiro: Aline!

A personagem foi criada por Adão Iturrusgarai em 1993. Em suas histórias, Aline é chegada num menáge a tróis, fazendo humor sobre questões como feminilidade e liberação sexual. Sim, Aline tem DOIS namorados, Otto e Pedro – e nenhum dos dois parece disposto a dar uma de Salomão e forçar uma escolha. Não que isto adiantaria alguma coisa, pois a menina gosta de pegar outros carinhas por fora. Ou seja, Aline tem basicamente a vida sexual que todo HOMEM gostaria de ter!

Suas tirinhas seguiram até 2009 e chegaram até a ganhar um álbum spin off, onde a personagem já tem uma filha adolescente que é tão do balacobaco quanto a mãe. Viva o novo século!

AMANDA WALLER por Kátia Schittine

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Apesar de não ser muito conhecida, é certamente uma das mais BADASS dos comics americanos: Amanda Waller.

Esta personagem é uma coadjuvante nas aventuras do Batman. Foi criada em 1986 por John Ostrander, Len Wein e John Byrne. Sua vida foi marcada pelo crime quando seu marido e seus filhos foram mortos por bandidos. Disposta a se vingar, ela mira no único lugar onde lhe parece sensato mirar para acabar com a corja criminosa: o congresso. Se torna uma doutora em ciência política e uma das principais conselheiras da Casa Branca, sempre apoiando medidas direitistas e pesadas contra os fora-da-lei e, muitas vezes, servindo de antagonista (e até vilã) dos heróis bonzinhos.

E ela consegue tudo isto SEM ter superpoderes, SEM ser super-treinada fisicamente e SEM apetrechos futuristas (apenas as boas e velhas armas de fogo comuns). Até mesmo o Batman é obrigado a baixar as orelhas quando ela avança, tornando-a uma anti-heroína a ser temida. Foda ou quer mais?

BARBARELLA de Rafael Monteiro (http://monteirohq.carbonmade.com)

Barbarella

Ela é uma das personagens femininas mais icônicas da história dos quadrinhos e também do cinema, Barbarella!

A personagem foi criada em 1962 por Jean-Claude Forest. Era uma aventureira espacial que lutava contra ditadores intergaláticos, monstros do espaço e bandidos do sistema extra-solar. Porém o que mais a destacava era o fato dela usar todo o seu corpitcho ‘feito pro crime’ para seduzir e derrotar alguns de seus oponentes. Naturalmente seu objetivo cabal era mais fisgar a galera a fim de ver safadeza.

Quando foi lançada ela chocou a Bélgica e a França! Seus álbuns chegaram até a ser proibidos! (mais explicações sobre o mercado franco-belga da época na próxima personagem…). No entanto isto não impediu o seu sucesso e a impressão de seus álbuns na muquia. Ela chegou até a ganhar um filme, estrelado por Jane Fonda. A personagem se tornou um símbolo da revolução feminista. Um exemplo de como as mulheres podiam serem donas do seu corpo e fazerem o que quiser com ele – não que os marmanjos reclamassem disto, claro!

BIANCA CASTAFIORE por Layla Barbosa (http://monstercherry.deviantart.com)

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Alguém já se perguntou qual a razão de personagens dos quadrinhos franco-belgas das antigas, como Tintin ou mesmo a dupla Blake e Mortimer, protagonizarem aventuras onde a presença de mulheres é quase inexistente? Titia responde: o motivo era o rígido código de conduta que as editoras européias dos anos 30 e 40 exigiam. Ao contrário dos quadrinhos americanos da mesma época, cheios de ‘mocinhas para serem salvas’ a moral cristã das casas de publicação do velho continente não aprovava a existência de personagens tendo relacionamentos fora do sacrossanto matrimônio. E como homem casado é mais difícil de sair se aventurando por aí então a maioria destes personagens se tornaram solteirões.

Bianca Castafiore surgiu nas aventuras de Tintin (criada pelo cartunista Hergé) em 1939 no álbum O Cetro de Otokar (ainda ANTES do Capitão Haddock!), porém sua participação era pouco mais de uma ponta. Mesmo assim ela foi praticamente a primeira personagem feminina com algum destaque a surgir nas páginas do jornalista belga, tendo retornos recorrentes nos álbuns seguintes.

Sua ‘quedinha’ pelo Capitão Haddock só começou a ser demostrada na década de 60, quando o policiamento das editoras afrouxou, tornando-se mais evidente no álbum As Jóias de Castafiore, de 1963. Como podem ver, quase trinta anos se passaram até que ela finalmente conseguiu fazer um movimento mais direto de charme para o seu querido lobo do mar. Tempos difíceis aqueles…

CUTEY HONEY por Ingrid Almeida (http://www.ingridmuniz.com/)

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No princípio, quando os quadrinhos começaram a ser produzidos no mundo, as personagens femininas eram basicamente ‘acessórios’ (salvo raríssimas exceções). Estavam na história só para serem sequestradas, salvas e depois beijadas pelo herói. Aos poucos elas começaram a adquirir maior autonomia, melhores enredos e ganhar destaque. Por fim, começaram a protagonizar histórias, embora em muitos casos ainda fossem tramas direcionadas a um publico marjoritamente masculino. Resultado: muitas heroínas da Era de Ouro acabaram se tornando mais uma vez acessórios para punhetação.

Cutey Honey pode ser considerada uma personagem deste estilo, mas a diferença é que seu criador, Go Nagai, SEMPRE assumiu que o objetivo da personagem era este. Criada nos anos 70, ela é considerada a primeira protagonista mulher de um mangá shonen. Ao contrario da maioria das personagens femininas até então, a jovem Honey Kisaragi age praticamente como um homem de saias (ou sem saias, como ela geralmente está): adora fazer graça dos seus inimigos, se meter em brigas e assediar os personagens masculinos com piadinhas e cantadas. Ah sim… e ela tem também o incrível poder de sempre perder sua roupa em todos os capítulos, seja quando está se transformando em garota mágica, seja durante as lutas ou seja por safadeza mesmo!

DRUUNA por Caio Lima

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A antiga revista Heavy Metal sempre foi uma vanguarda dos quadrinhos – seja sua versão original francesa, ou sua parente americana. Embora quadrinhos eróticos estivessem longe de serem uma grande novidade, foi a primeira vez que um deles foi feito com tanto esmero anatômico e de enredo.

Drunna surgiu em 1985, criada pelo safadão Paolo Eleuteri Serpieri. A personagem vivia em um mundo pós-apocalíptico onde vários humanos haviam se transformado em monstros. E o pior nem eram suas caras feias, mas as BENGAS enormes que eles tinham! Opa! Suas histórias eram cheias de ficção científica, violência e safadeza! Porém o que mais chamava atenção era a arte belíssima do italiano, que usava e abusava das hachuras. Os corpos ficavam perfeitos!

A personagem era uma heroína corajosa e tinha algumas sacadas de roteiro bacanas, embora todos nós soubéssemos qual era a verdadeira função dela ali… bem, pelo menos eram histórias bem acima da média para a maioria dos quadrinhos eróticos.

ELEKTRA por Diego Henrique (https://www.behance.net/DiegoHSilva)

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Na psicologia, existe uma coisa chamada ‘Complexo de Elektra’ – é a versão feminina do ‘Complexo de Édipo’ – onde a menina teria uma espécie de atração sexual pela figura paterna. Freud à parte, a Elektra que vamos falar agora também parece ter tido problemas com relação ao paizinho. E também tem um affair com um ceguinho…

Ela foi uma das primeiras personagens de quadrinhos criada por Frank Miller, em 1981. É uma ninja e assassina, que usa uma arma que lembra um pouco o sai, um aparato de defesa – mas que na verdade são tipo umas espadas curtas, não tendo relação direta com a arma real. A personagem greco-americana é uma das mais memoráveis criações de Miller para a Marvel. Inclusive ele, numa tentativa de não ficarem explorando demais sua pobre cria, a matou em uma das suas histórias. Se bem que é a Marvel, né? Quanto tempo um carinha fica morto por lá?

GRAÚNA por Andreia Fernandes

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Ela é o símbolo da caatinga e da força de seu povo. Graúna foi criada por Henfil, um dos maiores quadrinistas que este país já teve, durante os anos de chumbo da ditadura militar. Suas histórias, apesar de bem-humoradas e provocativas, retratavam a miséria do povo do nordeste naqueles dias.

Fazendo piada com coisas que, tecnicamente não se ri (como a mortalidade infantil) Graúna fez muito sucesso juntamente com seus amigos: o bode Orleana (representando os intelectualóides brasileiros) e o flagelado Severino (representando o povão). Apesar de muito engraçadas, o autor sempre fazia seus personagens direcionarem o enredo para questionamentos políticos. Isto inclusive faziam a tirinha sempre caminhar no fio da navalha da censura… sim, MUITAS tirinhas da Graúna foram censuradas! Demorou até Henfil pegar as manhas do que ele podia ‘disfarçar’ para que o censor burro não pegasse. Por exemplo: tem jeito mais sutil de falar sobre a questão do aborto e da miséria do que mostrar uma cena da Grauninha quebrando um ovo para fazer um omelete porque está com fome? Hã? Hã?

Hoje, as tirinhas da Graúna ainda são muito divertidas e, infelizmente, atuais! Todos deveriam conhecer!

HALO JONES por Gabriel Pieri (http://instagram.com/pieri__)

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A Era de Ouro do semanário britânico de quadrinhos 2000 AD são os anos 80. A qualidade das histórias estava tinindo, assim como a popularidade da revista. E foi nesta década que surgiu Halo Jones, em julho 1984. Criada pelo ultra-fucking mestre Alan Moore e rabiscada por Ian Gibson.

O nome completo do título era ‘A Balada de Halo Jones’, uma série futurista cuja personagem-título é, inicialmente, uma garota normal que teve o azar de crescer no Aro, uma espécie de colonia para todos os pobres do mundo (já que não dá para resolver o problema da pobreza então é melhor esconde-los). Porém é lógico que ela não vai ficar sentadinha esperando algo de bom acontecer na sua vida. Ela parte pra brigar com o mundo, ou melhor, com o universo! Suas histórias são divididas por períodos de vida: livro I é sua adolescência, livro II é ela como uma jovem adulta e livro III ela como adulta. Haveria mais livros, mas infelizmente Alan Moore tretou com a Fleetway e parou de escrevê-la.

Esta foi uma das personagens que mais atraiu o público feminino para a 2000 AD. Sua personalidade forte e sua coragem refletiam o modelo que todas as mulheres queriam seguir, sobretudo nos difíceis anos 80 onde, por pouco, não houve uma volta generalizada das mulheres às panelas.

JANUARY JONES por Fabiana Signorini (http://www.fabianasignorini.com)

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Você já deve ter ouvido falar dela, embora provavelmente não tenha lido nada a seu respeito. January Jones é uma personagem dos quadrinhos holandeses. Criada por Eric Heuvel e Martin Lodewijk nos anos 80, ela é uma mulher aviadora que vive nos conturbados anos 30, o período entre-guerras. Na França, recebeu o nome de ‘Jennifer Jones’ e também já foi chamada de ‘Jenny Jones’ (natural, pois ter como nome um mês do ano não parece ser muito legal… já pensou se a moda pega e um famigerado batiza a filha de Sundái?).

Ela é uma aventureira no pique de Indiana Jones (ou achou que o segundo nome era coincidência?), com histórias envolvendo mistérios, superstições, guerras mundiais e… claro… nazistas! Ela segue a linha de Blake e Mortimer, com aventuras num tom mais sério e um traço mais realista – embora ainda pertença ao belo estilo de linha-clara que tanto caracteriza os quadrinhos clássicos europeus. É uma das muitas personagens que estão faltando no nosso mercado brasileiro… mas pelo menos na nossa lista ela não ficou de fora! Taí o registro!

JULIA KENDALL por Ana Vanillier

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O que seria dos quadrinhos italianos se tivessem um monte de puristas dizendo ‘se quer fazer quadrinho nacional você tem que retratar coisas do nosso país!’. Bem, o quadrinho italiano mais famoso é Tex (caubói americano), um dos quadrinhos mais premiados é Mágico Vento (soldado-índio americano), um dos seus grandes ícones é Corto Maltese (marinheiro britânico) e uma das suas obras mais pop são as releituras de personagens da Disney e também o quadrinho W.I.T.C.H. Para os italianos, isto não importa. O que importa é criar boas histórias e personagens cativantes.

Julia Kendall, criação de Giancarlo Berardi, é outra personagem estadunidense a despontar nos fumetti, tendo sua aparência escancaradamente inspirada na atriz Audrey Hepburn. Ela é uma criminóloga, cujo foco não está necessariamente em pegar o assassino através de provas a lá Sherlock Holmes, mas sim entender o motivo do crime e traçar o perfil do assassino. Chama a atenção o fato de, apesar de ser bem durona, ela é suave e gentil. Não treme na base diante de um revolver e, ao mesmo tempo, se derrete toda ao ver a alegria de crianças brincando na rua.

No Brasil, ela quase correu o risco de ter sua publicação cancelada por causa das baixas vendagens, apesar de ser, de longe, um dos melhores quadrinhos regulares em publicação no país. Suas histórias são sempre incríveis e mesmo a mais ‘ruizinha’ sempre está acima da média. Alias Julia Kendall É uma mulher acima da média!

KATCHOO & FRANCINE por Rita Viana (http://texviana.com)

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Não dava para mante-las separadas! Não dava mesmo!

Criadas em 1993 por Terry Moore, as protagonistas de ‘Estranhos no Paraíso’ são verdadeiros ícones femininos de uma época. Francine, a morena, é uma típica garota ‘normal’: seu sonho é se casar com um príncipe encantado, ter muitos filhos e ser feliz para sempre. Porém, seu ‘dedo podre’ em escolher homens, sua imaturidade e inseguranças fazem com que seu objetivo se torne impossível. Já Katina “Katchoo” Choovanski é uma garota forte, decidida e com um passado violento, que tenta esconder dos amigos a qualquer custo. Bissexual, ela é apaixonada pro Francine e por David, um rapaz que cai de pára-quedas em sua vida e parece nutrir um amor verdadeiro pela loira.

Esta série colecionou centenas de prêmios pelo mundo e é uma verdadeira referência quando o assunto é histórias sensíveis com personagens femininas críveis.

LADY OSCAR por Caroline Eleutério

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Em todas as sociedades patriarcais temos diversos relatos históricos de mulheres que tomaram o lugar de homens em posições de grande importância. Joana D’Arc é uma das mais famosas. A rainha-pirata Anne também. A lenda chinesa de Mulan é muito conhecida e há vários historiadores que a tomam com verdade. Aqui no Brasil tivemos o exemplo de Maria Quitéria, que não precisou necessariamente se disfarçar, mas que assumiu papel de macho, isto assumiu! Dizem até que tivemos uma papisa na história do Vaticano.

Lady Oscar, criada por Riyoko Ikeda, é uma garota que, por pressão paterna, assumiu o papel de varão de uma importante família francesa (uma vez que o infeliz patriarca teve o ‘azar’ de ter só filhas). Tendo que crescer firme como um homem, ela se vê jogada no caos que se tornou seu país durante a Revolução Francesa.

Até hoje, sua história é considerada um dos melhores shojos já publicados e, apesar de antigo e meio datado, sempre vale a espiada!

LINE por Jussara

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Como já foi explicado, no tópico da personagem Bianca Castafiore e Barbarella, as editoras franco-belgas pré-anos 70 eram bastante restritivas em relação a qualquer coisa que envolvesse romance entre os personagens de quadrinhos – sexo então, nem pensar! Tudo porque eles não queriam dar ‘mal exemplo’ para a juventude. E, sobretudo, torciam o nariz para qualquer personagem feminina que escapasse do perfil de dona-de-casa. As coisas começaram lentamente a afrouxar no final dos anos 50 quando garotas mais firmes e decididas começaram a aparecer.

Line, criada pelo francês Nicolas Goujon em 1956, protagonizava aventuras na revista de quadrinhos homônima ‘Line’ e era considerada a versão feminina do Tintin (que também tinha sua própria revista). A personagem vivia aventuras em locais exóticos, com elementos sobrenaturais e futuristas, tal qual o jornalista belga. A revista durou até 1964, mas a personagem ainda perdurou nas páginas da Tintin até 1972. Foi uma das poucas mulheres aventureiras do período.

Sua fama se restringe à França e Bélgica, onde ela é mais comentada do que lida. Mas fica aqui o registro para que jamais nos esqueçamos desta grande pioneira!

LOIS LANE por Mauro Felão

Lois Lane

Ela definiu toda uma geração de ‘mocinhas a serem salvas pelo herói’! Lois Lane surgiu na vida do Super-Homem na mesmíssima edição em que o personagem foi apresentado ao público: a Action Comics #1 de 1938. Foi criada pelos pais do forçudo, os infelizes Joe Shuster e Jerry Siegel. E naquela época o homem de aço não tinha a mesma personalidade ‘bom escoteiro’ de hoje: logo de entrada (depois de salvar a cidade de bandidos) ele já convida a moça para um jantar. Opa, não perdia tempo, heim?

Porém, as coisas não deram certo entre eles tão rapidamente. A fim de fazer com que o personagem tivesse um apelo mais para os jovens, o azulão permaneceu solteiro por muitos anos. De vez em quando dava uns catos na Lois, mas as coisas sempre ficavam mais na amizade colorida mesmo. Ela, por sua vez, começou a adquirir mais personalidade com o passar o tempo. De ‘mocinha de redação’ nos anos 40 para uma experiente jornalista, decidida, dinâmica e independente nos anos 80. E então, nos anos 90, houve a hq ‘O Casamento do Super-Homem’ onde, ENFIM, os dois se enroscaram! Até que enfim, heim?!

LUCY por Leonardo Cesar

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Existe uma cena icônica que praticamente define a tirinha Peanuts:  seu protagonista, Charlie Brown, está prestes a chutar uma bola de Futebol Americano. Quem está segurando ela é Lucy, sua ‘amiga’. Porém, no momento em que ele vai chutá-la ela TIRA a bola do meio do caminho e faz com que ele escorregue e caia. Cruel, não?

Tendo como objetivo de vida ser bully profissional do nosso desafortunado personagem, Lucy conquistou os fãs da tirinha logo em suas primeiras aparições – em 1952. Dona de uma personalidade mordaz e comentários cruéis, ela é a personagem mais bem-resolvida da série. Claro, possui algumas dramas, como um amor não-correspondido pelo pianista de cinco anos de idade, Schroeder. Porém, entre a turminha do Charlie Brown ela é, de longe, a que possui o perfil mais forte – sempre conseguindo conduzir os personagens para onde ela quer.

Ah, sim! E ela também dá conselhos psicológicos… mas cuidados que suas respostas podem traumatizá-lo para o resto da vida!

LULUZINHA por Giulia Calistro (http://facebook.com/chuviscohq)

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Poucas personagens femininas tiveram tanta importância no meio dos quadrinhos ocidentais quanto a Luluzinha – criada pela cartunista Marge em 1935, a menininha de vestido vermelho era peralta, inventiva e sempre se metia em confusões. Não era exatamente um exemplo de como as garotinhas do início do século deviam se comportar, mas justamente por isto fazia muito sucesso.

Seu primeiro grande amigo (e talvez primeiro namoradinho…) foi Bolinha (ou Tubby Tompkins, no original). A dupla se unia para fazer ainda mais traquinagens e enlouquecer os adultos. Outros personagens, como os gêmeos Aninha e Carequinha, os amigos Zeca, Juca, Plínio e Glória foram sendo adicionados à turma aos poucos. Suas histórias mostravam basicamente o cotidiano das crianças da época e foram se modificando com o tempo. Isto sem falar nas grandes histórias de fantasia que Lulu protagonizavam na pele da ‘pobre menininha’.

A personagem ganhou diversas publicações em quadrinhos e versões em desenho animado. Até um anime a personagem já ganhou! E apesar da sua popularidade, infelizmente, andar baixa nestes tempos ela sempre pertencerá ao hall das grandes personagens de quadrinhos mundiais.

LUM por Anamaria Campos (http://www.gwydionland.com)

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Rumiko Takahashi é uma das autoras de mangá mais famosas do Japão. Embora hoje em dia sua popularidade esteja em baixa, é inegável que suas séries fizeram parte a infância de muitos criadores de mangá dos dias de hoje. Seu primeiro grande sucesso foi a série Urusei Yatsura (ou ‘Turma do Barulho’) que tem como personagem mais icônica a aliem de biquine, Lum.

Na história, uma raça conhecida como Oni chega na Terra querendo invadir geral. mas antes disto eles lançam um desafio: numa competição de pega-pega, um jogador humano terá que tocar nos chifres do jogador Oni dentro de uma semana. O jogador humano é o mané Ataru Moroboshi, um tarado que só topa a brincadeira porque o Oni selecionado é a Lum, lógico! Várias reviravoltas típicas de uma comédia romântica se sucedem na série até que o parzinho se apaixona.

Lum se tornou uma personagem icônica, do qual todos os japoneses sempre se lembram – principalmente por ser bonitinha!

MAGGIE por Gabiih Oliveira (http://www.gergelimmaduro.com.br/)

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Os chicanos fazem parte da história dos Estados Unidos desde sua época de independência, mesmo assim os ‘senhores do mundo’ insistem em considerá-los estrangeiros invasores. No entanto, sua cultura entranhou-se de tal forma que hoje em dia é difícil você ir para qualquer lugar deste país sem encontrar placas de rua ou outras sinalizaçõe soficinais sem dizeres escritos em espanhol – sobretudo no sul do país.

Os irmãos Gilbert Hernandez e Jaime Hernandez, orgulhosamente latinos, criaram a série Love and Rockets como um fanzine, em 1981, e logo começaram a ganhar destaque e de tornaram um dos títulos alternativos mais cultuados do mercado americano. Sobretudo porque mostravam um pouco o cotidiano deste povo que sempre viveu à margem da sociedade. A série é um conjunto de narrativas diversas, mostrando vários ‘núcleos’ de personagens, tal qual uma novela. Porém uma das que mais se destacam é Margarita Luisa “Maggie” Chascarrillo. Uma lésbica roqueira que possui uma relação tensa com a sua vai-e-volta peguete Esperanza. Faz parte do núcleo das ‘Locas’, um bando de mulheres supermodernas que não estão nem aí para nada: do jeito que deve ser!

MARGARIDA por Rosana Ferreira (http://rosanaagaf.tumblr.com/)

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Como aguentar o pato mais mau-humorado do mundo? Só mesmo uma pata com penas de aço! Margarida surgiu em 1940 como uma bainha para o pavio-curto do marinheiro – embora ela mesmo seja meio esquentadinha. Embora seja originalmente uma personagem de desenho animado, sua personalidade foi construída dentro das páginas dos almanaques Disney. Carl Barks, embora não tenha sido seu criador, foi quem definiu Margarida como a mocinha sofisticada e inteligente (e às vezes irritadiça) que todos conhecemos.

Porém ela sempre foi muito mais do que simples interesse amoroso de Donald. Assim como ele, já protagonizou diversas aventuras, dramas e mistérios. Chegou até mesmo a se tornar uma super-heroína, a Superpata! Sim, os italianos Guido Martina e Giorgio Cavazzano também fizeram sua contribuição para a mitologia da personagem, dando a ela mais independência e coragem para encarar o mundo sem precisar de um namorado imbecil do lado. De pata, esta patinha não tem nada!

MICHONNE por Heitor Rissato (https://www.facebook.com/heitorilustra)

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Mulheres fortes nos quadrinhos não são tão incomuns nos dias de hoje, mas mesmo nestes tempos modernos ainda existem algumas que se destacam.

Michonne surgiu nas páginas de The Walking Dead, de Robert Kirkman, da maneira mais fodidamente insana de todas: toda poderosa, armada com uma katana e trazendo a tira-colo dois zumbis na corrente. Melhor entrada que esta, impossível!

Rapidamente se tornou uma das personagens mais populares da série, não só pela sua força, mas também pela sua personalidade: de aço por fora e de ouro por dentro. Ela certamente trás muitas feridas no seu passado, assim como todos os sobreviventes do holocausto zumbi, mas não se deixa abater com isto. Quando é para decapitar zumbis, ela não fica de mimimi: retalha geral!

MINAMI por Jordana Miranda (https://www.facebook.com/latapemachine)

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No Brasil existem algumas personagens de novela que marcaram o imaginário popular: Odete Roitman, Viúva Porcina, Tieta, Dona Armênia… No Japão, como o mangá é tradicionalmente a novela do povão, uma personagem que caiu no imaginário nipônico foi Minami, a mocinha do mangá Touch, de Mitsuru Adachi.

Publicado no início dos anos 80, esta pequena pérola do quadrinho nipônico não tem super-poderes, garotas-mágicas, monstros espaciais ou holocausto nuclear. É uma história simples, de enredo suave tal qual uma novela das seis: três pré-adolescentes vivem diversas aventuras cotidianas enquanto tentam ganhar o campeonato de baseball da cidade. Dois deles são gêmeos: os rapazes Kazuya e Tatsuya, o primeiro é o ‘garoto perfeitinho’ (bom estudante, bom esportista, bom tudo) e o outro é o pobre coitado cheio de defeitos. Minami é amiga dos dois e evoca o papel da namorada perfeita para os padrões japoneses: prendada, educada, bonita e independente ‘na medida certa’. Em um determinado momento ela vai ter que fazer a escolha por um dos dois… quem será?

Apesar de não ser muito conhecida fora do Japão, a popularidade da personagem é imensa em seu país de origem. Pergunte a qualquer japonês médio sobre a personagem Minami e ele vai saber exatamente quem é ela. Igual se você perguntar para um brasileiro médio por aqui quem é a Carminha…

MIRZA por Vinnícius Souza (http://www.kawek.net/vinniciussouza)

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Quando o assunto é mulher vampiro nos quadrinhos geralmente só vem na cabeça a Vampirella. Mas antes dela tivemos, aqui no Brasil, uma outra mordedora de pescoços gostosa: Mirza. Criação de Eugênio Colonnese em 1967.

Este na verdade é o nome de guerra de Mirela Zamanova, a sétima filha de um nobre polonês cuja linhagem foi amaldiçoada. No caso ela não foi mordida por vampiro nenhum, ela meio que já nasceu assim. Mirza despertou seus poderes vampirescos durante um incidente no qual quase foi estuprada pelo namorado da irmã. Com seus novos poderes, ela passou a errar pelas grandes metrópoles do mundo, onde constantemente esbarrava com outros seres sobrenaturais, tanto hostis quanto amigáveis. Quando lhe convém se passa por modelo profissional e é sempre auxiliada por seu criado corcunda Brooks.

Mirza se destaca por ser uma das poucas personagens femininas principais criadas no mercado de quadrinhos brasileiro nos longínquos anos 60. E no caso ela, sendo a ‘heroína’, é que salvava o bumbum dos machos do perigo. Infelizmente não é tão simples encontrar material dela por aí, a não ser em sebos. Mas se você encontrar, dê uma olhada. Terror old school é sempre uma fonte riquíssima de inspiração!

MISATO por Monique Novaes

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Existem alguns clichês de personagens femininas em todas as mídias: a ‘mãe’, a ‘mulher decidida’, a ‘mulher submissa’ entre outras. No Japão, existem estas e outras mais. E uma delas é a ‘mulher-decidida-gostosa-que-mora-com-o-protagonista’. Isto mesmo! Uma personagem que, por algum Ex Machina acaba morando sob o mesmo teto do protagonista (que geralmente é um bocó!) e rola várias situações suspeitas entre eles… mas a relação de ambos ainda é na base da amizade, ou algo do tipo!

Daremos mais detalhes sobre o anime Neon Genesis Evangelion no post da personagem Rei, lá embaixo. Este parágrafo é para falarmos de Misato, uma das personagens principais da série. Ela é major do exército japonês (apesar de se vestir e agir feito uma adolescente maluquete) e comanda as crianças geneticamente modificadas para pilotarem os EVAS – Robôs Gigantes – para salvar a humanidade. Possui um amor do passado que volta a lhe atormentar – e a render pequenos ‘revivals’ românticos. Ela é cheia de vida e energia, mas tem um parafuso a menos… e gosta de tomar banho de porta aberta!

De certa forma ela encarna aquele tipo de mulher que o japonês deseja muito mas não tem coragem de ‘pegar’ – para ela aterrissar na sua vida só com um Ex Machina mesmo!

MÔNICA por Isabel Hamdan (http://hamdanzinha.deviantart.com)

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Você não acharam que ela ia faltar nesta leva, né? Claro que não!

A Mônica não foi a primeira personagem criada pelo Maurício de Sousa, mas de longe é a mais popular. Há 50 anos ela se mantêm como a personagem que MAIS vendeu quadrinhos no Brasil. Sim, superando inclusive os quadrinhos estrangeiros! Esta baixinha, gorducha e dentuça sofria bullying dos meninos mas, ao invés de sentar e chorar, descia o braço na molecada! Há alguns anos ela ganhou uma versão adolescente no questionável Turma da Monica Jovem que, bem ou mal, deu uma revitalizada na franquia. E também recebeu diversas releituras de artistas nacionais diversos com suas Graphic Novels e álbuns comemorativos.

Ah, precisa falar mais? Não! No Brasil, Monica é a maior e ponto final!

MORTE por Antonio Edison (http://antonioedisonjr.tumblr.com)

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Quando você pensa na morte, qual a sua ideia de representação dela? Uma figura alta, encapuzada e com uma foice? Por que não uma garota gótica descolada? Foi isto que Neil Gaiman pensou em 1988 quando criou a irmã de Sandman.

Morte encarna o lado mais suave, humano e natural da ‘derradeira passagem’. Quando criou a personagem ele mesmo comentou que não queria uma entidade fria, que apenas recolhesse almas como quem varre folhas na calçada. Em suas palavras, ele queria “alguém que se importa” e, acima de tudo, uma figura que amasse a vida.

As histórias centradas na Morte são sempre muito belas e humanas. Mostram este evento como algo tão natural quanto nascer, por mais repentino ou injusto que pareça às vezes. E que o verdadeiro medo das pessoas não é encarar o que está do outro lado, mas sim não ter realmente vivido tudo o que está deste lado. Você tem medo da morte? Então o problema provavelmente não é com a morte em si, mas com a sua vida…

 MULHER GATO por Leopoldo Alves dos Anjos

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Enquanto o Super-Homem estava salvando a Lois Lane, o Batman lidava com mulheres muito mais casca-grossas. A Mulher Gato surgiu em 1940, sendo uma das primeiríssimas inimigas do homem-morcego – criada pelo pai do herói, Bob Kane. Era uma órfã que viu na bandidagem um meio de vida e era chamada apenas de ‘a gata’ mais por causa do termo cat burglar (ladrão que entra, rouba e sai sem ser visto) do que pelas suas roupas. Alias ela só passaria a usar fantasia de gata alguns anos depois.

A personagem sempre foi retratada como alguém que, na pior das hipóteses, era uma anti-heroína. Sempre foi a mais ‘boazinha’ das vilãs do Batman (não matava e evitava atacar mulheres e crianças) e muitas vezes executava atos heróicos. Durante alguns arcos ela até se tornou realmente uma heroína, lutando ao lado da justiça – e só tendo umas recaídas para o mau hábito do roubo de vez em quando…

Talvez somente o próprio Coringa seja um vilão tão icônico no longo hall de inimigos do Batman. E no caso de Selina Kyle, era seria mais uma rival. Ah sim! E ela chegou a ser namoradinha do morcegão algumas vezes, embora sempre desse um pé na bunda do herói no final.

MULHER-MARAVILHA por Luara Almeida (http://luaraalmeida13.wix.com/portfolio)

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Quando falamos de personagens femininas nos quadrinhos é IMPOSSÍVEL não falar da Mulher Maravilha!

Criada em 1941 pelo Dr. William Moulton Marston, ela é uma princesa da mítica ilha grega das Amazonas. Vivendo isoladas, elas não se importavam com os desfortúnios do mundo dos homens, até que a piloto americana Diana Prince, após um ato heróico, caiu na ilha com seu avião. A princesa fica mexida ao perceber que no mundo exterior também existem mulheres fortes como as amazonas e decide sair do seu oásis para ajudar as pessoas.

A Mulher Maravilha teve seu ápice de popularidade nos anos 40 e comecinho dos 50, apesar de também ter tido momentos tristes, como ser relegada a mera secretária (SECRETÁRIA!) da Liga da Justiça! Uma das suas fases dos anos 60 (considerada a melhor) ela encarnava o modo de vida da mulher moderna e antenada com seu mundo, mas aos poucos os dilemas referentes ao feminismo foram dando espaço a pura e simples porradaria. No final ela era apenas outra mulher truculenta de seios grandes do universo DC… e nem era tão bem escrita assim.

Sua fase atual também não está lá estas coisas, mas vamos esperar que tempos melhores venham para esta heroína, que inspirou tantas outras nos quadrinhos mundo afora.

NAUSICÄA por Carolina Cortasso

NAUSICÄA do Vale dos Ventos 2

Criada em 1984 pelo mestre Hayao Miyazaki (conhecido por sempre ter personagens femininas como as protagonistas da maioria dos seus filmes), Nausicäa é uma princesa que luta para proteger o seu reino dos inimigos. Há mil anos, uma hecatombe quase destruiu o planeta por completo e os poucos bolsões de paz são constantemente atacados por humanos belicosos. E como se isto não fosse suficiente existe também a estranha floresta tóxica – uma imensidão de árvores corrompidas que se espalha por toda a imensidão do vale. Uma história que traz uma mensagem ecológica muito forte: quando atacada, a natureza não se defende, ela se vinga.

Nausicäa também é o nome de uma personagem do romance grego A Odisséia – ela era uma princesa que salvou a vida do herói Ulisses. Nesta animação a personagem precisa fazer mais do que salvar um homem, mas precisa salvar todo o mundo. Coragem para isto ela tem de sobra!

OLÍVIA PALITO por El Pedrón (http://senzomatsuo.deviantart.com)

Olivia

A magrinha Olívia Palito sempre esteve muito longe de ser uma ‘mulher gostosa’, mesmo assim é, de longe, uma das personagens femininas que mais conquistaram os fãs de quadrinhos da primeira metade do século XX. Sem falar que seu jeito hyper-dependente do seu marinheiro feio e forçudo a tornaram professora na escola onde Lois Lane estudou. Mas sabe o que é mais interessante? Ela foi criada ANTES do Popeye!

Elzie Crisler Segar a criou em 1919 para a série de quadrinhos “Thimble Theater”. O marinheiro veio depois e, acreditem ou não, NÃO foi amor à primeira vista! Houve todo um processo tanto nos quadrinhos quanto nos desenhos animados até que os dois se ajeitassem. Sempre sendo sequestrada pelo Brutus, com aquele bordãozinho de ‘Oh, meu Deeeeeus!’, mesmo nos dias de hoje são poucos os que não conhecem a personagem.

E por falar nisto, Popeye vai ganhar uma animação em 3d muito em breve! Fiquem ligados!

RADICAL CHIC por Katiane da Costa

radical chic 05-10-2014

Ela surgiu em 1982, criada por Miguel Paiva. Radical Chic é uma mulher moderna da classe-média carioca. Liberal e autossuficiente, em volga com o clima de modernização que o país precisava, urgentemente, passar no período do final da ditadura militar.

Sua personalidade, apesar de um pouco arrogante (sobretudo para os homens), acabou conquistando muitos fãs. Com um olho aguçado para os desejos e anseios do universo feminino, Miguel Paiva colocava na boca da personagem frases como “Dizem que estou ficando amarga, enjoada, ácida, sem graça. Não é verdade. É só colocar limão, adoçante, sexo, gelo, brilhantes e mexer gostoso, que eu fico maravilhosa!”. Nos anos 80 isto era novidade – alias, desconfio que muito desta personagem foi aproveitada na Vani, do antigo seriado global ‘Os Normais’.

O traço de Paiva também era muito interessante: todo quadradão. Até mesmo quando desenhava as curvas da personagem: “Faço dieta americana, uso produtos franceses, malho com um personal neozelandês, faço localizada com uma russa, e não adianta. Não consigo diminuir essa bunda brasileira.”

RÊ BORDOSA por Caio Boracini (http://caiuaestaca.deviantart.com/gallery/)

RE_BORDOSA

Criada nos anos 80 pelo brasileiro Angeli, Rê Bordosa é, obviamente, uma brincadeira com a palavra ‘rebordosa’ que seria algo como ‘pileque master!’

Ela faz parte do mesmo time da Radical Chic, das mulheres brasileiras liberais. Só que Rêzinha encarna o lado mais podrão da coisa. A personagem é uma boêmia paulistana das mais louconas: bebe, fuma, cheira, trepa pra cacete e, claro, se mete em confusões pesadas! A polícia já a conhece de longe (e muitos canas já comeram ela). Possui uma quantidade imensa de amigos (e todos os homens – e quem sabe algumas mulheres – já comeram ela). Habitué de bares, muitas vezes consegue descolar birita de graça porque é amiga dos garçons (que já comeram ela também!). Apesar desta vida super-agitada a personagem é bastante carente.

Encarnando os dilemas da mulher moderna, Rê Bordosa alcançou um sucesso estrondoso quando foi lançada. A personagem se tornou rapidamente uma das mais populares de Angeli, além de ser uma das mais criticadas: conservadores sem nada para fazer adoravam dizer o quanto a personagem era um mau exemplo. A pressão foi tanta que o próprio Angeli decidiu matar a personagem do jeito mais cruel: fez Rê Bordosa se casar!

RED SONJA por Jonathan Belusso

Red Sonja

Poucos quadrinhos são mais chauvinistas que os de capa-e-espada. Pelo menos até os anos 80.

As mulheres eram sempre princesas e garotas presas na torre. Sempre nobres que ficavam à parte dos acontecimentos. Sempre a esposa, mãe, irmã ou namorada que esperava o valente cavaleiro voltar. Parecia NÃO haver espaço para mulheres guerreiras e pró-ativas e quando este espaço abria: pimba! Fanservice! Red Sonja começou assim.

Muita gente acredita que a personagem é uma criação de Robert E. Howard, o criador de Conan. Maaaaais ou menos! O autor escreveu, em 1934, um conto chamado “The Shadow of the Vulture” onde havia uma personagem guerreira chamada Red Sonja, mas a guerreira que estreou na edição #23 de Conan, o Bárbaro, em 1973, era totalmente diferente, até porque o conto de Howard se passava na Renascença! Seja como for, a personagem se tornou icônica por usar uma ridícula armadura-biquini que protege menos que um guardanapo. Em algumas de suas novas histórias a ruiva já aparece com um pouco mais de roupa – afinal, uma armadura serve para proteger o corpo, não exibí-lo, não é?!

REI AYANAMI por Cris Peter

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Em 1995 os fãs de animação japonesa receberam, com estupefação, a chegada do anime Neon Genesis Evangelion. Criação de Hideaki Anno esta saga é, até hoje, uma das mais emblemáticas da história da animação do arquipélago (e uma das mais complicadas e recauchutadas!). Questiona elementos profundos da humanidade, sobretudo do povo japonês. Tem em seu protagonista, Shinji, o retrato da apatia e falta de esperança que o país mergulhou (e nada até hoje) no início dos anos 90. E a personagem Rei é um ponto interessante na construção deste novo homem sem esperança.

A garota é uma personagem mais profunda do que parece – não tanto por ela própria, mas pelo que ela representa. Se eu desse todos os detalhes estaria revelando um spoiler gigantesco. O que posso dizer é que a personagem é feita para representar basicamente uma mulher ‘boneca inflável’: obedece a todos os mandos e desmandos do chefão e antagonista Ikari e parece viver em função dele, sem nenhum outro objetivo na vida. A mulher ‘perfeita’ para o homem apático que não quer ter o trabalho de procurar por uma mulher real, com sentimentos reais. O total oposto da Misato, já comentada acima.

Mas isto dura pouco tempo, pois no final… uh… spoiler, spoiler! Leiam o mangá ou assistam o anime (e os filmes) e vão entender!

SAZAE-SAN por Janaina Araújo (http://janainaraujo.daportfolio.com/)

Sazae-san_Machiko_Hasegawa_JanainaAraujo

Você conhece ela? Conhece ela?! Conhece?!?

Bem, se você não a conhece é perdoável. Sazae-san realmente é desconhecida fora do Japão, mas é um exemplo vivo de como o país, apesar de ainda ser considerado um dos mais machistas e patriarcais do mundo, possui mentes pontuais e modernas dentro do segmento feminino.

Criada em 1946 por Machiko Hasegawa, a personagem encarnou, durante todos estes anos, o papel da mulher média do Japão. E ela começou bem! Recusava-se a usar quimono e maquiagem só para ‘atrair um marido’. Mesmo assim, quandos e casou, se tornou a verdadeira chefe da casa, assumindo as duras penas que o país entrou no período pós-guerra. Era sempre pró-ativa, apesar dos vizinhos falarem mal disto. Suas posições políticas também eram sempre modernas, liberais e feministas. Pena que, quando os quadrinhos terminaram em 1974, a modernidade de Sazae parece ter parado naquele ponto…

Seu anime possui mais de 6000 episódios (!!!) e, com certeza, é uma das personagens mais icônicas e conhecidas do Japão!

SERENA por Anna Dirce Santiago (https://www.facebook.com/pages/Raposa-Pirata/346216338811346?ref=bookmarks)

Usagi

Ueba! Chegou a hora de uma das personagens femininas que os cuecas mais amam! Xuxa de Lua de Crist…. OPS! Quero dizer, chegou a hora da Serena de Sailor Moon!

Criação de Naoko Takeuchi, este foi certamente um dos shojos mangás que a homarada mais leu e virou fã. Claro que um dos motivos é o excesso de fanservice (pernocas de fora à vonts!), mas a história é bem divertida e é um dos melhores exemplos do gênero ‘Mahou Shojo’, uma categoria específica para designar mangás com garotas mágicas.

Serena (ou Usagui no Japão) é uma garota comilona, chorona e desastrada, mas que um dia salva uma pobre gatinha de rua. ESta gata, porém, era mágica e em agradecimento lhe oferece poderes para se transformar em uma Sailor (um esquadrão de meninas superpoderosas com roupa de marinheiro, cada uma representando um planeta ou satélite) e salvar o mundo. Claro que as outras sailors muitas vezes duvidam de Serena, achando que ela é pouco adequada e fraca. Mas o tempo prova que elas estavam erradas e, assim, todas as meninas mágicas acabam por repeitar a força de Serena e, sobretudo, a sua bondade.

SUPERGIRL por Julio Cesar Alves Ramos (http://shiraky.deviantart.com)

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Ela é a prima do Superman. Criada por Otto Binder em 1958, Kara-El foi uma das poucas sobreviventes da destruição do planeta Kripton. Tendo exatamente os mesmos poderes que o primo forçudo, pelo menos nos primeiros anos. A medida que os trocentos roteiros e as milhares de cronologias foram se avolumando uma acima da outra os poderes de Kara foram se tornando diferenciados do seu parente. Até transmutação ela já foi capaz de fazer!

É interessante notar que ela não é considerada a contraparte do Superman (senão seria Superwoman), mas foi importante como conseguiu atravessar as décadas e ainda se manter razoavelmente respeitável – claro, até surgir a Poderosa e seus peitos gigantescos e fazer a alegria da homarada. Hoje ela segue uma linha mais tranquila como ‘mulher real’, pelo menos até as vendas da DC voltarem a cair…

TANK GIRL por Nati VonPepperSpray (http://vonpepperspray.tumblr.com/)

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O mercado de quadrinhos britânico geralmente possui uma simbiose excessiva com o mercado americano: os melhores roteiristas da rainha vão sempre para lá – provavelmente porque são mais bem-pagos. Porém os que ficam em seu país conseguem sempre se notobilizar como quadrinistas cult. E é assim que Jamie Hewlett e Alan Martin são conhecidos, além, é claro, de serem os pais da Tank Girl.

O nome não poderia ter uma razão mais óbvia. Trata-se da história de uma garota que… dirige um tanque de guerra! CMas por que diabos ela faz isto? Bem, o mundo da Tank Girl não é para qualquer um: um mundo pós-punk que é meio que uma mistura de uma Austrália psicodélica com a Inglaterra punk apocalíptica – tudo regado à um cenário político decadente, onde todos os humanos que sobrevivem neste ambiente precisam andar rigorosamente na linha, senão…

O nome real da personagem é Rebecca Buck. Ela é uma espécie de caçadora de recompensas e persegue foras-da-lei. Isto até ela própria se tornar uma fora-da-lei quando é pega usando substâncias entorpecentes e fazendo sexo demais por aí. Então os homens de preto começam a ir ao seu encalço. Mas não vai ser nada fácil pegar esta moleca que, além de boa de briga, tem ainda um tanque de guerra à sua disposição…

TEMPESTADE por Yukie Tamatama

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A importância da personagem Ororo – mais conhecida como Tempestade – vai além do simples fato dela ser uma das mais poderosas e carismáticas x-men já criadas. Ela surgiu em 1975 pelas mentes e mãos de Len Wein e Dave Cockrum e foi a primeira mulher negra a ter um papel de relevância numa história em quadrinhos.

Sua infância no Cairo foi pobre e ela teve que aprender a bater carteiras para sobreviver. Quando desenvolveu seus poderes ela se tornou praticamente uma deusa: conseguia controlar o clima, criando grandes tempestades, além de potencial para realizar outros tipos de ‘magias’ com seu poder mutante. Sem falar que é uma grande porradeira!

Outra coisa que diferencia Ororo da maioria dos outros personagens negros de quadrinhos é o fato dela, provavelmente, uma das mais conhecidas: Pantera Negra? Bill Foster? Ciborgue? Aquele lanterna verde que ninguém lembra o nome? Ah, vá! Até mesmo o Spawn é fácil a gente esquecer que ele é um negão! Agora a Tempestade não: deusa de ébano poderosa, orgulhosa e uma das mais icônicas personagens dos quadrinhos americanos já criadas! É isto aí!

TINA por Fabio Costalonga (http://costalonga.deviantart.com/)

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Além da Mônica, existe outra personagem que também possui uma turma do barulho e vivendo aventuras iradas! É a Tina, representando o time dos universitários!

Ela surgiu da mente inventiva de Maurício de Sousa em 1964 como uma pré-adolescente com visual hippie. Nos anos 70 se tornou uma adolescente new age, nos anos 80 uma jovem moderna que usava calças ‘centropeito’, nos 90 ficou um pouco apagada e, neste novo século, é uma jovem adulta, estudante de jornalismo (coitada…). A personagem sempre representou os jovens (sobretudo meninas) que começavam a assumir suas responsabilidades – época em que a infância está, definitivamente, acabada. Seus problemas giram em torno dos namorados (fixos ou não), complicações com a família, amigos, estudo e trabalho. O básico! Nestes últimos tempos ensaiou alguns passos na direção de temas ‘polêmicos’, como homossexualidade, política e outros assuntos. Mas bem devagar, como é típico do Maurício…

Tina possui uma revista própria, voltada para as garotas adolescentes. Lá, não apenas temos quadrinhos mas dicas, matérias e outros assuntos relacionados ao povo com idade entre 15 e 20 anos.

VALENTINA por Nah Singh (www.facebook.com/singhbean)

valentina

Eu já disse isto uma bvez e torno a repetir: a Itália parece ser o país que mais produz quadrinistas eróticos no mundo – e falo de quadrinistas BONS!

Criada por Guido Crepax em 1968, Valentina é uma mulher que gosta o lhesco-lhesco. Porém, ao contrário da maioria dos quadrinhos eróticos, suas aventuras tinham um tom onpirico bem marcante. Suas viagens dentro de sua mente (principalmente quando tinha um orgasmo) eram cheias de simbolismos e sinais. A arte de Crepax estava um pouco abaixo da média dos fummetistas daqueles tempos, mas seu roteiro compensava. E a personagem era bem carismática – e tinha cérebro, além de um corpão.

Valentina deixa o mundo dos quadrinhos em 1995 com a graphic novel Al Diavolo Valentina, com 53 anos de idade – é, ao contrário da maioria das gostosas dos quadrinhos, a bella donna envelhecia… e continuou com tudo em cima até o fim!

VAMPIRELLA por Wesley (http://sir-wesley666.deviantart.com/)

Vampirella

Criada por Forrest J Ackerman em 1969 (sugestivo o ano, não?), a Vampirella surgiu com o simples intuito de ‘a gostosa da mais nova revista de terror’: a revista Vampirella, irmã das revistas Eerie e Creepy da editora Warren.

Algo interessante nesta personagem é que apesar de ser declaradamente uma mulher-objeto, para aumentar as vendas das historinhas de horror, ela era uma personagem interessante e bem-escrita (pelo menos para o nível das histórias da época). Sua principal influencia era a personagem Barbarella (já vista acima) e seu despudor também tinha uma razão de ser: dona do seu corpitcho, ela seduzia e atraia os homens que queria, bebendo eles feito Muppy.

O nível de suas aventuras variava conforme os artistas que a trabalhavam, de modo que já tivemos histórias fabulosas com ela e outras nem tanto. Não importa. Vampirella é mais lembrada pela sua desfaçatez e sedução do que pela qualidade e suas aventuras: e não há nenhuma vergonha nisto!

WILL por Kaio Ed (http://mindtouch.deviantart.com)

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Com a aposentadoria de Carl Barks, os desenhistas italianos foram os que produziram (e ainda produzem) as melhores histórias em quadrinhos Disney da atualidade. De fato o país onde mais se vende Pato Donald atualmente é a Itália. E com tanta gente talentosa, por que sempre ficar desenhando personagens dos outros? Por que nãoc riar alguns?

Quando a série W.I.T.C.H. surgiu, criada em 2001 por Elisabetta Gnone, Alessandro Barbucci, and Barbara Canepa, todos levaram um susto: um fumetti com cara de mangá e do selo dos quadrinhos Disney? A série, que tinha tudo para fazer sucesso só no país, tornou-seu uma sensação mundial e revitalizou o interesse das meninas por quadrinhos. Tratava-se de uma história com garotas mágicas adolescentes que combatiam as forças do mal de um estranho reino encantado… o básico! Mas o modo como a história foi conduzida realmente agradou a nova geração e a líder do grupo, a personagem Will, se tornou uma carismática ídola da meninada.

A história seguia um padrão meio de mangás slice of life, com as garotas tendo que conviver com sua vida escolar e a sua vida de superheroínas. O bom é que a roteirista soube conduzir isto de forma convincente, sem parecer forçado. Dramas de pais separados, problemas com parentes distantes, racismo e outros foram abordados de forma leve e inteligente nesta saga. Um pecado que ela tenha acabado, mas pelo menos foi encerrada de forma muito digna! Vale a pena ler – mesmo quem já é marmanjo!

WITCHBLADE por Rodrigo de Salles

witchblade collab final

Está na hora de encerrar este belíssimo (e trabalhoso!) collab com a personagem Witchblade!

Uma das poucas personagens da fase ‘explotation’ da Image Comics que conseguiu se tornar uma personagem respeitável e, de certa forma, tinha um pingo de originalidade. Foi criada em 1995 por Marc Silvestri e David Wohl. Sarah Pezzini era uma policial da cidade de Nova York que, enquanto investigava um criminoso famoso, acabou descobrindo um estranho artefato simbionte, em forma de garra, que lhe dava poderes extraordinários. O objeto ‘adota’ Sarah e agora ambos são um só: Witchblade. Mas esta parceria terá um preço…

Esta personagem tinha um enredo um pouquinho melhor que a média e fazia parte do mesmo universo que o personagem Darkness. Claro que a função da garra, além de dar superpoderes, também rasgava a roupa todinha da sara e, muito convenientemente, se transformava num biquini. Oh, bem… pelo menos Sarah é uma policial porreta! Alias, esta foi uma das personagens americanas que MAIS fez sucesso no Japão! Por causa do Hentai, claro, mas tá valendo!

……………………………

Ok, pessoas! Agora, depois deste collab maneiro, o blog vai entrar numas feriazinhas adiantadas!

Mas não se preocupem! Voltamos no final de dezembro, ainda a tempo para desejar um bom 2015 para vocês!

Até lá! o/

Marco Mazzoni – Lapizes

A maioria dos artistas italianos que eu posto aqui tem sempre alguma coisa a ver com putaria. Bora mudar este quadro.

Capo Mazzoni não é chegado no Plus 18, mas gosta de desenhar umas bruxas e outras criaturas do folclore italiano. Ele afirma que gosta de trampar no mínimo umas dez horas por dia – e precisa, uma vez que seu material primário é o lápis de cor e este é um material feito para punheteiros: leva muito mais tempo você preencher decentemente uma área do papel com lápis do que com tinta.

Vejam abaixo algumas das obras do moço. Algumas feitas em scketchbook s outros feitos em grandes painéis A2. Haja lápis!

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Kilian Eng – Space Artist

Eita, nóis… eu achei que já tinha postado algum artista suéco aqui no blog, foi quando em dei conta que ainda não tinha feito isto. Oh, bem… bora então estrear esta categoria aqui.

Mestre Eng é fissurado em ficção científica retrô. Basta ver suas belas artes, muito bem cuidadas e acabadas. Dá para perceber uma influência fodida do Moebius e outros artistas de ficção científica ‘pulp’. Da sua casinha em Estocolmo o maluco faz suas obras – geralmente o preto-e-branco é no analógico e as cores são digitais, como ele explica na sua página no Behance.

Aos ilustradores que também tentam investir neste campo, olhem as artes do carinha e morram de inveja.

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Jeremy Mann – Modern Oil

Há alguma coisa deliciosamente irônica em ver um estilo de pintura que data de séculos passados ser usado para pintar obras contemporâneas.

A tinta a óleo é uma desgraça de se usar: demora pra secar, precisa de lugar arejado por causa do cheiro forte e, se você não tomar cuidado, detona os seus pincéis. Ou seja, é preciso ter um mínimo de disciplina para mexer com esse negócio. Sem falar que é preciso muita técnica para conseguir pintar coisas decentes com ela.

E isso mestre Jeremy Mann faz muito bem!

Observe abaixo seus belos quadros, ele sabe usar a velha tinta a óleo de um jeito bem impressionista! Suas belas paisagens de cidades modernas contrastam com a força do traçado clássico. Espero que gostem (alias eu acho bom vocês gostarem sim!)

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