Masamune Shirow – Decifrando os Traços

Masamune Shirow está longe de ser um dos meus artistas favoritos (mesmo na especialidade “manga” ele não está no top 10) mas eu sei que tem uma galera aqui que curte, então eu sempre postei coisa dele todos os anos.

E não posso negar que o cara tem muita imaginação – sobretudo para putaria. E embora ele tenha um bocado de limitações, como só saber desenhar o mesmo tipo de boneca inflável mulher, sem falar que muitos dos elementos de pintura digital dele já estão bem datados, ainda é legal ver umas obras dele.

Vou então postar uns WIPS de trampos dele para vocês curtirem!

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Masamune Shirow – Xafadeeeeeeenho!

Era uma vez um cara que gostava de desenhar mangás.

Ele apreciava traçar roteiros de qualidade, calçados em belas ilustrações detalhadas que se revelavam em obras-primas dignas de nota, como Ghost in the Shell, Dominion, Orion, entre outras. Era visível nelas o prazer que o autor tinha em desenhar belas mulheres à beira da nudez, mas isso ele sempre fazia de forma a se encaixar no contexto das obras e sempre com muito bom gosto.

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Pois bem, este cara não existe mais.

Masamune Shirow hoje lança só artbooks eróticos HARD (e o ‘hard’ não é força de expressão) onde rola de tudo: zoofilia, pedofilia, estupro, assassinato com estupro e até algumas fantasias eróticas tão absurdas que conseguem fazer um MINDFUCKER na cabeça dos mais criativos diretores de filmes pornográficos. O bom gosto deu lugar a situações completamente despudoradas. As belas mulheres deram lugar à bonecas infláveis que esboçam sentimentos (até o tom de brilho na pele dá a impressão de elas são feitas de plástico). Shirow libertou-se de suas correntes morais de vez: ele desenha putaria pela putaria e nada mais. Esta peculiaridade faz dele um dos poucos artistas que começaram com mangás mainstream e depois refugiaram-se no nicho erótico.

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Creio que tudo começou com seu álbum Intron Depot de 1992. Nele havia a reunião de seus trabalhos de 1981 a 1991. E o que mais chamou a atenção dos fãs foram as pranchas das belas mulheres em situações, digamos, suspeitas. ISSO fez sucesso e ele decidiu fazer um teste: lançou, em 1998, Intron Depot 2 cujo conteúdo estava um pouco mais pesado. Mais uma vez, sucesso instantâneo. Foi aí que ele percebeu que não precisava mais se preocupar em desenhar mangá.

Analisando sua arte friamente (se é que é possível…) percebemos que ele foi um dos caras que abriu caminho para a popularização da pintura digital nos quadrinhos japas. E talvez justamente por ele ter sido um dos primeiros ele ainda guarda certos vícios típicos daquela época, como cores muito saturadas e excesso de uso de filtros e texturas. Em suma, se ele um dia já foi um dos mais competentes coloristas do Japão, hoje ele perde feio para muita gente – observe a imagem abaixo, onde existe um grande disparate gráfico entre a pirata, os baús e as moedas de ouro em volta dela:

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Bom, mas verdade seja dita… quem gosta da obra do Shirow tá pouco se fudendo (literalmente!) para o lado artístico da coisa. Eles tão a fim de ver Xuplai Xuplim nervoso! E é isso que você verá agora. Aproveita, safado!

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