Há alguns posts atrás falei do mestre Yoshitoshi e hoje irei comentar mais sobre ele.
Para começar, ele é um dos antigos mestres do Ukiyo-e, um gênero de xilogravuras japonesas da era Edo (1603-1867) ao fim da era Meiji (1868 – 1912). O período Edo foi quando o Japão esteve fechado para o mundo, uma ilha isolada e, com isso, a falta de diversidade artística proporcionou o surgimento e crescimento do Ukiyo-e com enorme apelo comercial e cultural.
Ukiyo-e traduzido é “pintura do mundo flutuante”, o que faz um completo sentido do porque ser um gênero da xilogravura e não uma simples xilogravura. Tinha como temática fundamental a vida na cidade, o cotidiano urbano, como cortesãs de alto nível, lutadores de sumô, paisagens, teatro,distritos comerciais, etc.
Porém, a censura pegava pesado na era Edo, coibindo temáticas politicas, a retratação de gente importante da alta corte e conotações sexuais explicitas. O que não evitava que houvesse transgressão, seguido de punição, é claro.
A coibição levou à criação no underground de diversos subgêneros do Ukiyo-e e um dos seus nomes mais famosos foi do mestre Tsukioka Yoshitoshi.
Conhecido como o último grande mestre do Ukiyo-e, Yoshitoshi lançou em 1896, que surgiu o infame “28 famosos casos de assassinatos com versos” em parceria com Utagawa Yoshiiku (mas não vou fazer a mesma merda que fiz no antigo post do Maruo, vou só colocar imagens do Yoshitoshi aqui!).
Esta obra é tida como o primeiro exemplo de ero-guro que se tem conhecimento. Ganhou até um nome próprio ‘Muzan-E’.
Curta agora algumas destas obras sangrentas, e outras mais tranquilas (incluindo a foto de uma das placas de xilogravura que o mestre fez), logo abaixo!